quinta-feira, 6 de setembro de 2012

Setembro Negro

Munique, 5 de Setembro de 1972. Faz hoje 40 anos que o mundo assistiu ao dia mais negro da história das Olimpíadas. Pela madrugada, 8 palestinianos, disfarçados de atletas, almejaram entrar na aldeia olímpica, saltando o muro de acesso e invadindo o 2º andar do edifício onde estava sediada a  comitiva Israelita. No nº 32 viriam a fazer reféns, 9 atletas da equipa de luta e Halterofilismo. Tudo acabou na trágica morte dos reféns e o comando palestiniano que sadicamente se intitulava de "Setembro Negro" nunca mais foi esquecido vindo a ser capturado exterminado mais tarde pelos Serviços Secretos de Israel. 
Já agora e em jeito de curiosidade, sabiam que o grupo palestiniano viria a ter a colaboração de um grupo neonazi? Mais um episódio do secular anti semitismo ou as causas ou efeitos da face mais primária do ser humano, sempre pronto a procurar uma desculpa para o separatismo e o extremismo inócuo.


Quem quiser ficar a saber mais sobre a tragédia de Munique pode sempre ver o excelente filme que retracta os acontecimentos, centrando-se na vingança da Mossad. Com o título, Munique, a película, realizada por Steven Spielberg, conta, nos principais papeis com Eric Bana ("Hulk") e Daniel Craig ("James Bond").


quarta-feira, 5 de setembro de 2012

Os dilemas do "novo" Benfica

A venda de Javi Garcia e de Witsel fará regressar a temeridade romântica do Benfica campeão? 
No rescaldo do mercado de transferências, o treinador do Benfica, que até vinha ensaiando um sistema de 4:4:2, encontra-se perante o dilema entre o regresso ao passado feliz do seu primeiro ano de águia ao peito, jogando com um trinco dois jogadores nas alas e um nº 10 nas costas de uma dupla de avançados. Se o Benfica jogou nessa já longínqua época um futebol de encantar, fazendo alarde desse sistema, não deixa de ser verdade que desta vez já não existe Ramires, nem Witsel. Quem fará os equilíbrios na zona central do terreno? Com jogadores como Carlos Martins, Bruno César, Enzo Perez ou Sálvio, este 4:4:2 parece mais próximo, pelas características destes, de 4:1:3:2, dependente em absoluto da sua capacidade de pressão alta para impedir as transições rápidas dos adversários. 

A outra possibilidade é Jesus optar por jogar com um duplo pivôt no centro, com Matic a trinco e Carlos Martins ligeiramente mais avançado, com dois extremos mais abertos, Aimar na batuta e um ponta de lança. Esta ultima possibilidade parece menos verosímil, dado que, com a presença de três finalizadores como o Cardozo, Lima e Rodrigo seria contraproducente abdicar de dois em simultâneo, para além deste duplo pivôt não significar por si só mais capacidade de pressão e/ou recuperação de bola. Carlos Martins não tem a capacidade táctica para ser um oito de corpo inteiro e Aimar hoje em dia está mais para muleta do finalizador do que para apoio defensivo.

No meio destes conflitos resta saber o papel que o treinador estará disposto a reservar aos meninos da equipa "B". Seja como for, o segredo serão sempre as dinâmicas e a capacidade de táctica dos jogadores, quanto melhor reproduzirem as ideias do técnico, melhor saberão disfarçar o abrupto enfraquecimento da sua equipa. A ver vamos.



terça-feira, 4 de setembro de 2012

A fúria de Toni

Toni é português e não tem muita paciência para gajos de bigode armados em entendidos em futebol.. Nem que Alá tussa - parece pensar o treinador português. O ambiente é atascado e como tal ninguém se entende. Está lindo!




Ventos de leste

E de repente o Sporting acabou por reforçar as suas expectativas para o que resta da época (isto se conseguir livra-se da despromoção) e deve estar bem aliviado por ver partir, de uma assentada, dois dos craques superlativos dos seus maiores rivais. Hulk e Witsel, atraídos pelo dinheiro, zarparam atrás dos rublos e do calor de S. Petersburgo (dasse!). Quem recusaria uma liga tão mediática quanto a liga russa? pois, pois. O que é certo que enquanto os dois clubes portugueses aproveitam para equilibrar as contas e encher os bolsos aos intermediários, as suas equipas de futebol ficam mais fracas. Bem, a verdade é que não deixam de ser dois bons negócios, especialmente o de Witsel. O problema é que se foram os anéis e já não há tempo para ir ás compras...

Ontem à noite na RTP informação, Carlos Daniel resumiu numa frase feliz, as consequências imediatas destas duas transferências: "O Porto perde o seu desequilibrador e o Benfica perde um equilibrador". É certo que os adeptos do Dragão deixam de contar com o seu super-herói favorito mas continuarão a centrar o seu jogo no equilíbrio e não deverão sentir dificuldades de maior para enfrentar as suas obrigações. Já o clube da Luz, parece ferido de morte ao perder, de uma penada, o centro nevrálgico de qualquer equipa que se preze. Com o meio campo reduzido a Matic e a Carlos Martins(!?) Jorge Jesus vai ter de meter os putos na incubadora e repescar André Almeida e André Gomes mais cedo do que era suposto. Espera-se que estes não venham a sofrer as dores do crescimento e que o mister faça jus á nomenclatura milagreira...


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