quarta-feira, 8 de julho de 2015

FC Porto já tem substituto para Jackson Martinez

Batistuta prepara-se para assinar pelo FC Porto. 


O avançado argentino tem efectuado uma preparação conservadora na última década de forma a estar em plena forma quando o campeonato começar. A eventual contratação do ponta de lança insere-se numa inovadora política geriátrica ao qual não será alheia a escolha do castanho para equipamento alternativo, de forma a não embaraçar os jogadores em momentos de falência intestinal.

O investimento em mais valias vintage obrigou os azuis e brancos a avultados investimentos em meios de reanimação, fraldas descartáveis e algálias só possível através da habitual parceria com a Doyen.

terça-feira, 7 de julho de 2015

Coito interrompido

O jogador português é como aquele espermatozoide empreendedor, às voltas com o seu destino mas que teima em esbarrar num coito interrompido.
Primeiro foram os S20 a ficar pelo caminho no desempate por pontapés na marca da grande penalidade, nas ½ do Mundial da Nova Zelândia. A seguir foram os S21 a afinar pelo mesmo diapasão, no jogo de atribuição do troféu de Campeão da Europa. Ainda bem que o direito à presença nos jogos olímpicos não depende deste expediente senão…
É ponto assente a qualidade do trabalho desenvolvido pelas selecções de base da Portuguesa, com projectos consolidados numa estrutura de técnicos a que não são alheias as equipas B dos clubes onde a maior parte dos jogadores têm tido possibilidade de ganhar lastro para enfrentar os desafios colectivos. A actual fornada de atletas promete matéria-prima suficiente para assegurar o futuro da selecção principal e um nível elevado de competência técnica e o futebol enleante a que, por defeito, nos fomos habituando.
Se há mérito nas caminhadas recentes das selecções jovens é o de trazer à colação velhos hábitos de quase glória que fizeram do futebol português um candidato efectivo às vitórias morais e às cantilenas de azedume contra uma “sorte” madrasta que fez do fado uma alma tão nossa.
Com efeito, se no futebol o triunfo fosse definido pelo mérito e pelas vitórias morais, estaríamos no topo da hierarquia mundial. Dá-se o caso de alguém ter inventado esse pormenor tão singelo do golo para separar o trigo do joio, sublimando de forma tão subtil quanto amarga a diferença entre a lembrança e o esquecimento.
O jogador português é por definição habilidoso e lutador, apaixonado e inventivo, está mais crescido e possante, mas na hora “H” teima em ter medo de ser feliz. Como um karma colectivo, um anátema que nasce com a gente e para o qual ainda não se encontrou cura.
A velha questão da mentalidade continua a não ter correspondência na confiança com que se atacam objectivos. Conquistámos trinta metros aos anos 80. Agora só falta conquistar 11 metros. Alguém conhece um bom psicanalista?

segunda-feira, 6 de julho de 2015

Sporting Jesus de Portugal


A política desportiva do Sporting para a época que se avizinha tem um nome e chama-se Jorge Jesus.


Cansado de promessas de redenção de um passado de glória alicerçadas na contenção de despesas e no seu centro de formação, o presidente leonino deu a mão à palmatória e decidiu entregar a quem sabe a sua política desportiva para o futebol. 

A decisão de Bruno de Carvalho foi um vistoso golpe de mãos a pedir meças aos velhos tempos de Pinto da Costa. Numa penada, rompe com um passado recente de modéstas virtudes, trazendo para o clube o segundo melhor técnico português da actualidade com a confiança cega na verdadeira essência do papel bíblico do profeta da redenção nascido para os lados da Amadora.

Em matéria de apóstolos, as notícias dão conta de verdades contraditórias. Como tem sido apanágio do futebol português, a mentira de ontem é uma verdade de hoje. “Vocês sabem bem do que estou a falar”.

O novo timoneiro dos leões, escolheu para cúmplice da sua visão periférica, dois figurões que, por razões distintas merecem destaque na controvérsia e maldizer próprios do metier sportinguista. Octávio Machado, aquele que tudo sabe mas nada diz, frontal como uma manhã de nevoeiro, disposto ao contra-fogo com a experiência acumulada no meio da piromania e Manuel Fernandes, recuperado para as vicissitudes leoninas qual Lázaro, após ter sido corrido de Alvalade com o atestado de incompetência de pior funcionário do clube. Ele há coisas fantásticas não há?

Com a entrega do poder efectivo ao treinador tri campeão, o Sporting rompe de vez com o paradigma da formação em detrimento de uma fuga para a frente. O tempo o dirá se esta terá sido a melhor opção. Jesus passa a dispor de liberdade total na definição do caminho a seguir, algo de que nunca dispôs no consulado vermelho. Este saberá melhor do que ninguém o que é preciso para ser bem-sucedido de leão ao peito. Resta saber se os cofres leoninos estarão cheios para satisfazer os apetites do seu técnico.

Não restam dúvidas quanto ao nascimento de um novo Sporting, o tempo dirá se se tratará de um Sporting novo. Com o Benfica no início de um novo ciclo de retracção orçamental e a versão acastanhada de um FC Porto determinado em recuperar velhos hábitos (...!), Jorge Jesus sabe bem da responsabilidade que assume perante a história dos seus novos seguidores. Como o próprio enfatiza no seu tom peculiar, a estrutura são vitórias, sendo certo que, na sua sagacidade, o mago da Reboleira, saberá como ninguém que os obstáculos mais difíceis ao seu sucesso gravitam na esfera próxima do clube, cuja política se confundirá, para o bem ou para o mal, com a sua própria identidade. A eloquência cega e um tanto destrambelhada da direcção verde e branca à mistura com a habitual horda de agitadores no seio da corte leonina, torna o terreno movediço para um treinador obcecado pela glória. “Espelho meu, haverá alguém melhor do que eu?”.

A ver vamos se o criador se substitui à estrutura e se o casamento recente não desvalará em despedimento por justa causa. Pelo sim pelo não, o melhor é Jesus deixar de levar pastilhas para os jogos.

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