Diz-se por aí que vozes de burro não chegam ao céu. Talvez não, mas pelo menos, chegam a Lviv. Contrariamente ao que se diz por aí, a dor de corno de alguns, apesar de ser incómoda pode ser um surpreendente lenitivo para a selecção nacional. Espicaçados pela fanfarronice dos alemães e pelo "patriotismo" sui generis de Manuel José e de Queiroz, os nossos jogadores entrarão em campo com uma vontade de extra de calar os zurros. Com raça, muita ambição e (porque não) um pouco de sorte, o destino de Portugal até pode nem ser aquele que as aves agoirentas pronunciam.
Pela primeira vez desde à muito, a equipa portuguesa, entra em campo sem o rótulo de favorita, num grupo de pesos pesados cujas expectativas se projectam para a final. Até nesse pormenor temos mais um sintoma positivo para o nosso destino. É que, como quase sempre, os eruditos do jornalismo desportivo e afins, costumam enganar-se ainda mais do que os senhores das previsões meteorológicas e, como tal, temos razões para sonhar, tão pouco a perder e tanto a ganhar.
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