sexta-feira, 27 de abril de 2012

ERA UMA VEZ UM CLUBE


Mais um pouco e a célebre frase de Mark Twain: "as noticias sobre a minha morte foram manifestamente exageradas" deixarão de fazer sentido na Liga Portuguesa. Hoje mesmo os jogadores do União de Leiria deram um murro na mesa e rescindiram os seus contratos. 

O segundo maior clube da Marinha Grande, que outrora chegou a ser o maior da sua própria cidade, vai seguir o destino de outros ilustres clubes de futebol e passar a fazer parte do imaginário saudoso da história do futebol nacional. Não será a última vítima de uma epidemia que alastra à muito neste desporto em Portugal. 

Habituados a viver de ilusões; à semelhança dos políticos e dos seus governos; os clubes nacionais foram criando uma imagem de progresso, aproveitando a janela de oportunidades que emergiu com o Euro 2004. No entanto, a falta de visão estratégica dos dirigentes clubisticos e o seu oportunismo de malfeitor trouxeram o futebol português para a beira do precipício.
E agora?

Se houvesse seriedade, o Estado interviria em força para regular em definitivo a mais valia económica que este desporto representa para o país. Mas como o Estado não é uma pessoa de bem, agregado com servilismo aos delinquentes que se escondem atrás do cachecol e lavam as mãos em dinheiro sujo, lá vai seguindo o andor, por entre um coro silencioso de virgens púdicas.

Quem vier atrás que feche a porta

R.I.P.: Salgueiros, Campomaiorense, Boavista, U. Leiria....


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