A missa acabou e os fieis do Deus Futebol, sentem-se a viver uma epifania. Como nas escrituras, secularizadas pelos escribas de outros tempos, um dia um novo testamento será escrito onde serão glorificados os herois que pelos tempos têm caminhado pela relva ao jeito de Cristo sobre as águas, mas, de entre os Deuses emergirá uma equipa. Uma equipa, onze jogadores, um só corpo. Cabeça de Messi, braços de Iniesta e Xavi. Barcelona. Provávelmente a melhor equipa de todos os tempos.
O Real entrou melhor, com um golo logo a abrir mas, qual motor a diesel, o Barça foi aquecendo os motores até dar a volta ao texto e administrar o resto do jogo ao melhor estilo do gato que brinca com a sua presa moribunda. Hoje Mourinho inventou e não logrou (a opção de colocar Fábio Coentrão á direita é, no mínimo discutível) mas dizê-lo é sempre mais fácil no fim dos jogos.
Quanto aos príncipes, Messi esteve melhor do que Ronaldo; sempre demasiado manietado na esquerda e sem espaço para explodir; causou alguns calafrios com a magia que destila das botas. Mas, mais uma vez os grandes cabeças de cartaz voltaram a ser os gémeos siameses do futebol catalão: Xavi e Iniesta (Se isto fosse cozinha, estes mereciam 5 estrelas Michelin).
Guardiola ON. Mourinho OFF.
Foi apenas mais um jogo no Éden, onde os Deuses continuarão a sê-lo e o amanhã nunca morre...
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