O empate (0-0) em Olhão revelou finalmente que a crise de identidade do Dragão é real. Apesar de ter mantido o plantel, à excepção de Falcão, de se ter reforçado com algumas promessas, o FC Porto está a viver as consequências de uma época passada superlativa, algo que costuma acontecer a todas as equipas na ressaca das grandes vitórias (veja-se o caso do SL Benfica em 2010/11) que demoram a comprometer-se com o renovar de ambições. Assim, os jogadores parecem tristes e alheados do jogo, os resultados não aparecem, o treinador parece perdido nas próprias dúvidas, com constantes remodelações no meio campo e os adeptos vão perdendo a paciência. No entanto, o Porto ainda tem muito tempo para reerguer-se, até pela solidez da sua estrutura directiva que certamente saberá como ultrapassar o céu nublado que caiu sobre o Dragão. Bastará que alguém chame a atenção dos jogadores que o papel de Primadonas não fica bem a quem é pago principescamente e que a memória dos adeptos é curta o que faz com que os heróis de ontem rápidamente se transformem nos Tevez de amanhã. Pelo sim pelo não, será bom encomendar uns contentores de reciclagem de camisolas para ter à mão à porta do Estádio, just in case.
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