Numa altura em que (alguns) clubes tentam destruir o futebol português com a ideia estapafúrdica de alargamento, agarrados a uma tendência portuguesa para viver dos subsídios, enquanto vivem na utopia dos orçamentos milionários, das contratações de sofríveis jogadores estrangeiros a quem acenam com promessas de ordenados "faz-de-conta" que depois nunca mais pagam. Clubes geridos por delinquentes que a justiça teima em não meter na prisão. Clubes que não pagam impostos e que enchem os estádios de fantasmas.
Numa época de clubes a fingir, não há regra sem excepção, por isso, ainda há quem viva com os pés no chão, lutando com a dignidade possível para sobreviver na lixeira do futebol indígena. Clubes como o Feirense, com um plantel construído, na sua maioria por futebolistas portugueses de qualidade como, Rabiola, Diogo Cunha, Henrique ou Ludovic, deviam merecer destaque pelo exotismo da sua realidade.
Para grandes males grandes remédios, os dirigentes do clube da Feira parecem pertencer aquela espécie rara de gente séria, tão desfasada do Futebolês. Bem me lembro, do Feirense ter sido durante muito tempo um clube constituído somente por jogadores portugueses e hoje em dia são poucos os estrangeiros que o representam, sendo mais valias para a equipa, como Bamba ou Luciano. Enquanto tantos falam, púdicos e ofendidos na verdade desportiva (não é sr. Fiúza?) este pequeno clube da AF Aveiro, vai mantendo a cabeça fora de água, acreditando que a sobrevivência na primeira liga é possível, sem ser por via de decisões de secretaria. Por mim, sou um simpatizante, tal como do Paços de Ferreira, da mesma lavra. Espero que clubes destes estejam sempre entre os melhores porque jogam futebol e não vivem acima das possibilidades. Mais valem poucos mas bons do que muitos e maus. Bem hajam.
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