sábado, 24 de março de 2012

Os bons, os maus e os vilões

Esta semana foram divulgados na internet, dados pessoais dos árbitros portugueses. Está mal. Na sequência de tais acontecimentos, a APAF exigiu uma actuação severa para punir os criminosos. Está bem. Queixa-se a associação de árbitros destes serem constantemente bodes expiatórios e um alvo fácil por parte dos demais agentes ligados ao futebol. É verdade. Aproveitando a boleia, propôs a APAF que, na próxima Assembleia-Geral da Federação Portuguêsa de Futebol, fosse adoptado um regime punitivo mais severo para aqueles que se esticarem nas declarações sobre a arbitragem. É provável que a FPF vá na cantiga, para amealhar mais uns Euros em multas.

Se é verdade que os árbitros são, tradicionalmente, veículo de escape por parte dos clubes para justificar incompetências próprias e que este fenómeno tende a ser mais expressivo em fases decisivas das competições,  também não deixa de ser verdade que a coisa é consequência natural de pecados e omissões de quem manda e desmanda no futebol cá da terra e que, no meio disto tudo a própria APAF não é inocente. Esta, ao invés de se armar em virgem púdica e ofendida, devia tomar providências mais musculadas no sentido de moralizar o sector, procurando incentivar a competência dos mais aptos ao invés de ser um covil de compadrios e de cunhas onde, a mistura entre o bom e o mau tende em prejudicar os últimos em prole de uma injusta generalidade. 

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