sábado, 12 de maio de 2012

O que parece nem sempre é...

"Na casa do Benfica é o Jesus que segura a direção.»
  
Pinto da Costa


No mundo do futebol, é natural a fixação entre dois galos que reivindicam o mesmo poleiro. FC Porto e Benfica passam a vida ás bicadas, com clara vantagem para os do norte, que até têm um presidente com pinto no nome, mas que na verdade é um velho galo de capoeira. 

É comum, da parte dos vencidos, com a típica dor de corno de quem tem mau perder, se ponham a cacarejar na procura por encobrir fora do campo as frustrações averbadas nas quatro linhas. O que já não será tão natural é a preocupação do líder papal em versar; como nos últimos dias; sobre a vida alheia em tom ressabiado, o que num vencedor, é algo no mínimo estranho. 

Os bitaites do presidente dos dragões demonstram duas coisas. Primeira, que parece andar mais bem informado sobre a vida interna do Benfica do que o próprio presidente do clube de Lisboa, segunda, tal interesse configura uma espécie de complexo de Édipo, que Freud pode muito bem explicar. 

Mas o maior sintoma é o de que o "dono" dos azuis e brancos preferia a saída de Jesus do comando técnico das "papoilas saltitantes" numa irónica osmose  com alguns adeptos benfuquistas. Claro está que, esperto como é, Pinto da Costa sabe que um Benfica sem JJ seria um Benfica mais vulnerável. É que PC sabe melhor do que ninguém que o título deste ano caiu do céu aos trambolhões, graças aos tropeções do ríval e ao colo do Íncrível do que propriamente pelo mérito do seu futebol.

Se Jesus fosse escorraçado do Benfica, Pinto da Costa não deixaria de aproveitar a oportunidade de provocar o rival, oferecendo-lhe a cadeira de sonho.

Bem vistas as coisas, não será que Jesus segura Pereira?...

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