terça-feira, 29 de maio de 2012

Scolari: O fingidor

Afinal o sargentão não passava de um pau mandado que andava a reboque dos ditadores da nação futebolística nacional. confesso que não faço parte daquela massa crítica de detractores do trabalho de Scolari que, durante cinco anos andaram entretidos em destilar argumentos mal amanhados para justificar o sentimento de antipatia pelo homem. Ele pode até nem ser nenhum génio da bola mas - caramba! - foi campeão do Mundo e quase campeão europeu, ensinando os portugueses a sentir e a exibir orgulho pela sua equipa nacional. 

Porem, as declarações proferidas à RTP roçam o ridículo e denotam o assumir do verdadeiro carácter do brasileiro. Ao justificar a não-convocação de Baía para a selecção como sendo encomenda de Pinto da Costa e de mais uns quantos funcionários federativos, o treinador brasileiro demonstrou a sua falta de coragem e até estupidez ao fiar-se em sopros de orelha para definir as "suas" escolhas. Se fosse tão senhor do seu nariz quanto gostava de fazer passar para a opinião pública, o senhor Scolari teria escutado o próprio jogador e os colegas de selecção antes de crucificar o guarda-redes. 

Afinal andámos a sustentar alguém que andou a gozar com toda a gente. Esquecer-se-á Scolari que, antes de humilhar aqueles que nele acreditavam, humilhou-se a ele próprio ao dar uma imagem de galinha. Se estas coisas transpiram para o Brasil, talvez o soldado raso Scolari, tenha começado hoje a reunir as memórias daquele que um dia se fez passar por treinador.


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