Confesso
que nunca confiei particularmente nas qualidades de David Luiz enquanto defesa
central. Não obstante tratar-se de um defesa rápido e com forte poder de
impulsão, o seu sentido posicional e o gosto pela temeridade ofensiva levam-no
a transgredir vezes demais as suas competências individuais, colocando em
cheque a estratégia da equipa.
Vem a
propósito a questão dos túneis. A primeira mão dos 1/4 de final da Liga dos
Campeões 2014-15 na qual o “seu” PSG foi derrotado em casa pelo Barcelona de
Suarez, ficará decalcada para sempre num avesso da memória do jogador,
ombreando com os 7-1 das 1/2 finais do Mundial 2014, contra a Alemanha. Tudo
porque o bom do David, tantas vezes Golias de estilo rebelde e sorriso malandro
de futebolista de rua, foi protagonista involuntário de duas cuecas de tamanho
XL que o Drácula uruguaio fez questão de lhe oferecer, aquando da sua visita à
Cidade Luz.
Como sinal
dos tempos, o Brasil, outrora exportador dos mais requintados espécimes de
“zagueiros”, passa actualmente por um período de pousio à qual não será alheia
a estagnação ao nível de metodologia de treino e capacidade de reinvenção
canarinha verificada no actual século. Só assim se explica que a dupla de
centrais de uma selecção tão conceituada quanto a brasileira, não disponha
presentemente de líderes de classe mundial no derradeiro reduto da linha
recuada. Jogadores como Ricardo Rocha, Ricardo Gomes ou Aldair ainda são; na
época actual; referências inigualável como referências maiores do futebol
sambado.
Á excepção
de Thiago Silva, tudo o que resta de alternativas para o centro defensivo da
selecção canarinha são pouco mais do que flops, elevados á escala mundial por
terem nascido com o cú para a lua que é como quem diz, por razão de competentes agênciamentos ou da publicidade mediática. Lá diz o outro, mais vale cair em
graça do que ser engraçado o que justificará a um jogador garantir os seus 15
minutos de fama no maior espectáculo do Mundo.
David Luiz,
granjeou fama mais à custa do seu estilo ligeiro e da alegria descarada com que
afronta os dramas de um jogo da futebol do que pela sua competência enquanto
central. Por estes dias alia aos seus méritos enquanto futebolista ao
protagonismo em rábulas de humor ácido que se têm multiplicado na imprensa e pelas
redes sociais. Parece que estava em inferioridade física, mas da fama ninguém o livra.
Digo-o eu,
que não percebo nada disto. O mais certo é David Luiz e Dante serem mais do que
aquilo que parecem ou as pedras serem seres vivos.
Pelo sim
pelo não, quando for grande quero ter uma cabeleira farta e ser estrela da bola
ou outra coisa qualquer.
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