segunda-feira, 20 de abril de 2015

O outro lado da lua

Assim como à uma semana atrás não acreditava num resultado tão expressivo do #FCPorto frente ao #Bayern, esta semana estou convencido de que a equipa bávara não conseguirá transpôr o cabo das tormentas (ainda bem que existem equipas médicas a quem assacar responsabilidades...) Tudo porque os alemães não conseguiram recuperar as suas unidades nucleares, Roben e Ribery.

Na verdade o ainda bi-campeão da Alemanha não será a mesma equipa presunçosa, nova-rica e  atarantada que se deu ao trabalho de desfilar no tapete do Dragão com o ar afectado de um colonialista.  Se os tripeiros conseguirem manter uma intensidade elevada no preenchimento dos espaços no meio campo ofensivo, estarão capazes de  pôr em xeque o rei adversário, o que numa linguagem xadrezistas representaria um bom pronúncio para cheque-mate.

- Ai Jesus! (Perdão! Sem tiradas subliminar) O que será da supremacia bávara mais o seu supra sumo mestre da arte do futebol subjectivo, de autor? Gritarão os puristas do desporto-rei, sempre fleumáticos na defesa do futebol feito teorema matemático.


No velho dilema destes confrontos entre os Davids e os Golias, os primeiros só têm a ganhar, ao passo que os segundos tendem a perder muito mais do que uma eliminatória. Na verdade e não obstante o inevitável tri na #Bundesliga, a equipa de #Guardiola ameaça perder a face, e que face. O look new wave de raizes catalãs, tão elogiado e invejado por esse Mundo fora, poderá não voltar a ser o mesmo e o futuro abrirá feridas difíceis de sarar. Uma coisa é ser goleado pelo Real Madrid outra completamente diferente é ver-se afastado do baile de finalistas pelo representante português - o dos pobrezinhos e bem comportados yes men do sudoeste europeu.

Os augúrios não são bons. Sem Meia equipa de fora e com uma defesa que é uma anedota Dante(sca) o Bayern entrará em campo com legítimas dúvidas existenciais, ainda com os ecos do baile do Bolhão nos ouvidos e a braços com o vislumbre do seu próprio reflexo ao espelho . Um rosto outrora sumptuoso e brilhante, coberto de nódoas negras e com uma luminosidade mortiça no semblante.

O Tiki Taka de Guardiola está cada vez mais vulnerável. Num momento, açambarcador e no outro, transparente e frágil. O FC Porto abriu a caixa de pandora aos pobres. Onde outros num passado recente souberam anular o todo poderoso campeão germânico o Porto confirmou à saciedade que a melhor maneira de enfrentar a besta é impedir que esta cresça para o ataque, anulando a sua capacidade pensante a partir do seu próprio reduto.

Se os azuis e brancos conseguirem ser fieis a este principio, a eliminatória está ganha. Se a coragem ou o engenho lhes falhar, recuando para o seu ultimo terço à espera do final do jogo, estarão condenados, Contrariamente ao que tem sido especulado, a ausência de Danilo e Alex Sandro não será decisiva, pois a matriz de jogo deste Bayern não privilegia a profundidade pelas alas, especialmente sem a presença das suas principais figuras, habituadas a dinamitar o jogo a partir da s extremidades do campo.

A ver vamos onde irá Guardiola descobrir o antídoto para se esconder da evidência e reinventar-se no que resta desta eliminatória.

Pelo sim pelo não o melhor é levar uma equipa médica para o jogo...






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