sexta-feira, 1 de maio de 2015

Caniches, patetas e outros disparates

Era uma vez um caniche que ladrava muito  e andava sempre aos saltinhos para dar nas vistas. Este caniche tinha pedrigree mas vivia amargurado com a sua pequenez, culpando tudo e todos pela sua frustrante incapacidade de ser o que não é. Com o tempo foi perdendo a lucidez  e só ás portas da morte percebeu que o tempo tinha passado sem que do seu engenho se fizesse noticia, para alem do seu latir nervoso.

Paulo de Andrade não é um caniche mas bem podia ser. Naquele seu jeito tão leonino (!?) de ser vítima de si mesmo, insiste nesta estranha autofagia. Esta semana, resolveu verbalizar uns quantos latidos de circunstância sobre uma velha cassete de fita gasta guardada num sotão de telheiras, entre macaquinhos com complexo de perseguição, o que até vem a propósito em período de definição da Liga, coisa em que o Sporting não tem sido visto nos últimos anos. Vai daí, resolveu aproveitar o tempo de antena que lhe foi dado na CMTV para com a naturalidade de um lunático, culpar a arbitragem por mais uma época a ver passar os comboios. Francamente, se não fosse o respeito pelo mundo animal, mandava este caniche para a Coreia... (http://playwire.com/)

A propósito do mundo animal, quem nunca ouviu falar da história do ovo e da galinha, aquela que antes de o ser já o era? Na habitual conferência de imprensa de antevisão ao jogo com o Benfica, José Mota aproveitou para contar a sua versão deste conto, dissertando com o sentido de humor possível, sobre a sua estranheza e do resto do Mundo pela nomeação de Capela para este jogo. É verdade que Capela faz parte daquele leque de árbitros simplesmente incompetentes que sujam a arbitragem nacional, mas daí a tomar como suas as dores alheias, vai para lá do altruísmo militante. Esta moda da crítica futurologista diz bem da personalidade rasteira de uma certa espécie de agentes do futebol português. Em matéria teatral, Mota terá muito mais a aprender se ler o Auto da Barca do Inferno ou Auto da Visitação para saber a respeitar os tempos de um espectáculo...


Por falar em ridículo, Em entrevista ao SOL, Jorge Jesus entendeu qualificar Lopetegui de "corajoso", acrescentando que o basco havia subido na sua cotação. depois do episódio do clássico de domingo. Por uma questão de piedosa bonomia, o mister da Reboleira, podia aproveitar para ficar calado e a atitude acriançada do treinador dos dragões bastaria para falar pelo seu autor. Mas não, como quem tira com uma mão e tira com a outra, JJ, acrescentou que Lopetegui "é um lider como homem... a qualidade como treinador é outra coisa". Lá dizia o outro, não havia necessidade (http://sol.pt/noticia/389173).



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