Após a melhor exibição da época, o Benfica acaba por revisitar uma epífania de insucesso e frustração naquele que terá sido o jogo da vida de Roberto.
Conscientes da importância desta partida para o seu futuro na Liga dos Campeões, os encarnados entraram em campo a pressionar o adversário na sua primeira linha de construção, coartando dessa maneira a iniciativa de jogo aos gregos. Porém, o destino tem destas coisas e, na única vez em conseguiu chegar à área, o Olympiacos viria a marcar, fruto de um erro de marcação do Benfica, na transformação de um canto.
Os "portugueses" não baixaram os braços e continuaram firmes no seu propósito de dar banho aos gregos, repetindo as incursões à área adversária e as oportunidades de golo que esbarravam, invariávelmente, no inconformismo do guarda redes espanhol.
O segundo tempo começou com (mais!) uma oportunidade gloriosa por parte de Markovic, a servir de cartão de visita para a continuação das sevícias lusitanas (aqui está um bom título para um filme de Sá Leão) mas sempre com um muro das lamentações (made in Espanha) a erguer-se a cada investida.
O futebol é uma modalidade de sortilégios. A única equipa que atacou, perdeu. Roberto defendeu tudo e nem por uma vez abriu a capoeira (?).
Mas nem só de azar se explica o infortúnio benfiquista mas também de muita incompetência na finalização. Não basta saber jogar (e muito), há que saber concluir com eficácia todo o esforço colectivo.
Outro bom sinal a reter deste jogo prende-se com a excelente resposta que a equipa deu ao jogar com um sistema privilegiando a utilização de três médios na faixa central do meio campo. A repetir-se o processo, a tripla, Matic, Perez, Amorim, Lda. promete dar que falar no renascimento do Benfica.
O Benfica perdeu mas ganhou uma equipa. Prefiro esta frase feita do que as vitórias morais.
Avaliação da Pantufa (de 0 a 10)
Olympiacos: 6
Benfica: 8
Homem do jogo: Roberto
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