Esta noite, Benfica e Sporting foram muito superiores ás desculpas rasteiras com que alguns teimam em recusar as evidências. Grande jogo! Espectáculo do principio ao fim, incerteza no resultado, entrega total e... sete golos, sete.
Os jogadores de Benfica e Sporting foram grandes na verdadeira proporção dos emblemas que representam e não merecem que se lhes falte ao respeito com comentários sobre poderes instalados, benefícios e outras dores de corno que nestas alturas são bramidas por quem gosta menos de futebol do que dos clubes. Talvez isto explique o desinteresse generalizado que o desporto rei vai tendo em Portugal. Depois não se queixem de estádios ás moscas já que a merda vai sendo a mesma mesmo entre aqueles que debutam no fenómeno e de quem se esperaria uma mentalidade diferente (não é Bruno de Carvalho?).
Mas falemos de futebol e deixemos as banalidades para os génios do dirigismo desportivo...
Como tinha previsto, um golo cedo redundou num jogo disputado num ritmo vertiginoso, com os golos a sucederem-se de ambos os lados à medida da inspiração de uns e do desacerto de outros. No Capítulo dos erros, o Benfica, se preciso fosse, provou à saciedade um defeito demasiado evidente e que põe em causa todo o esforço colectivo. As bolas paradas defensivas são por estes dias o calcanhar de aquiles da turma da Luz e não adianta JJ tentar tapar o sol com a peneira, minimizando esta evidência nas conferências de imprensa. Convém arrepiar caminho e alterar o sistema nas bolas paradas, quer a nível defensivo quer no ataque onde os marcadores de canto parecem não ter um critério definido para a transformação desses lances.
Da parte do Sporting, mais uma grande exibição, sobretudo a partir do segundo, golo que fez a equipa acreditar e levar o jogo para prolongmento. Mérito total para Leonardo Jardim que vai dando mostras de elevada competência na forma como estrutura a equipa e lhe vai inventando soluções ao longo do jogo. Se no Benfica o problema defensivo se prende com questões de natureza táctica, da parte do Sporting as lacunas parecem de ordem individual. Falta a esta equipa um grande central, que seja líder e com elevada competência técnica. Se o descobrir será um caso sério para o futuro.
No fim de 120 minutos, na memória ficará mais um grande confronto entre eternos rivais e a dignificação da modalidade. pena é que estes jogos sejam uma excepção e não a regra. Mas não há espaço para todos, para vendedores de banha da cobra e para os artistas. Quando se limpar a escória que são aqueles que não sabem perder nunca se descobrirá o encanto de jogar para ganhar. Não é?
Avaliação da Pantufa (de 0 a 10)
Benfica: 7
Sporting: 7
Homem do jogo: Cardozo
0 comentários:
Enviar um comentário