Liga Zon Sagres - 8ª Jornada
Benfica 2-0 Nacional da Madeira
Estádio da Luz
Devo dizer que gostei do jogo, assim como quem gosta de vestir um par de jeans de imitação. A fatiota contrafeita não é um luxo mas dá um ar digno a quem a veste.
Assim desfilou o Benfica neste Domingo, digno como um remediado. Começou bem, sem a vertigem de outrora mas ainda assim com ar de quem estava disposto a não fazer concessões ao destino e aos "anti" que, aquela hora esfregavam a lamparina a pedir três desejos antes do jogo do Dragão...
Foi pois com naturalidade que os encarnados chegaram ao golo, numa iniciativa de Siqueira, que flectindo para o centro, tabelou com Cardozo para fazer um golo de belo efeito. Nos minutos que se seguiram e para não fugir à regra, a equipa da casa desceu os seus níveis exibicionais, permitindo que o Nacional equilibrasse o jogo - um reflexo da estranha insegurança que tem dominado o Benfica esta época.
A segunda parte trouxe mais do mesmo, um jogo assim-assim, entre duas equipas pouco disponíveis a perdas de tempo infundadas ou a disputas para alem dos limites do razoável. O Benfica mais perigoso e consequente e o Nacional à procura do caminho marítimo para o golo, sem se achar à deriva mas sem vislumbrar a linha do horizonte, sobretudo após o golo de Cardozo, que viria a sentenciar o jogo.
Resumindo, o Benfica continua a dever aos seus adeptos uma exibição categórica mas que apresentou melhoras no seu estado clínico. Uma exibição marcada por momentos de domínio do jogo, alternados pela letargia, pouco pressionante e entregando a iniciativa de jogo ao adversário. Destaque para Ivan Cavaleiro, o jogador que trouxe velocidade ao jogo vertical do Benfica, com uma estreia auspiciosa. Se na primeira parte esteve algo ansioso, nem sempre definindo os lances com a minúcia esperada, melhorou na segunda metade, desenvolvendo alguns lances incisivos pela esquerda, com cruzamentos para a área ou flexões para o meio estando mesmo bem perto de marcar.
Um palavra para o Nacional que se deslocou à Luz na expectativa de tirar proveito do momento menos bom da equipa da casa, com um jogo aberto, procurando disputar o resultado sem se remeter a um bloco baixo e esperar que a sorte caísse do céu aos trambolhões como é próprio da mediocridade reinante na Liga.
Avaliação da Pantufa (de 0 a 10)
Benfica: 6
Nacional: 5
Homem do jogo: Ivan Cavaleiro
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