Deste Benfica se diz como dos espanhóis, nem bom vento nem bom casamento.
Depois da excursão a Paris, os encarnados entraram no jogo com atitude, procurando afastar fantasmas, alcançando o golo logo aos 10 minutos por intermédio de Lima. Acontece que estes estados de convalescença são frágeis e demoram a consolidar quando a ferida é profunda. Assim, terá sido com alívio que o Benfica se viu em vantagem, entrando, a partir daí em modo de cruzeiro, fazendo apelo à sobriedade de processos para enfrentar uma das melhores equipas da Liga que equilibrou a disputa de bola a meio campo.
Desperdiçando uma grande penalidade ao caír o pano sobre a primeira parte, o Benfica fez questão de manter a pressão alta... desta vez no pior sentido. O Estoril, por seu lado, como equipa temerária que é, prometeu agigantar-se no segundo período, só que, aos 10 minutos, com a expulsão de Gonçalo Santos, viu a sua tarefa complicar-se na inversa medida em que, esperar-se-ia um Benfica mais tranquilizado pelo doce oportuno e pelo grande golo de Cardozo, aos 70'.
Pura ilusão. Os encarnados acabariam com o credo na boca. O Estoril, que nos minutos finais reduziu a diferença, ainda teve tempo para acertar na barra da baliza de Artur e fazer crescer mais cabelos brancos na farta cabeleira de JJ.
Apesar da vitória, o Benfica continua a definhar em campo e pela amostra, o seu futebol não promete boas melhoras. Conseguirá este navio à deriva chegar a bom porto?
Uma frase para o Estoril. Se a classificação reflectisse a qualidade do futebol praticado, esta equipa estaria no 2º posto da tabela só superado pelo actual Sporting. Marco Silva está destinado a uma grande carreira.
Avaliação da Pantufa (de 0 a 10)
Estoril: 7
Benfica: 5
Homem do jogo: Gaitán
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