Em época de crise a malta da "alta" decidiu cobrir-se de brios e desatou a abrir as redes de pesca para apanhar peixe graúdo. Eis como as notícias da COLOSSAL recessão parecem ter o condão de despertar a iniciativa privada para investimentos seguros antes da subida do IVA. Vai daí, o Porto, a quem uns quantos comentadores de penico já andavam a rezar a extrema-unção, investiu alto no mercado, aviando os remediados representantes da crise Madeirense com uma mão cheia de guloseimas, algumas com sabor retardado (à quanto tempo Hulk não marcava para a Liga?) mas ainda saborosas. Para não ficar atrás, o Sporting, versão Solidariedade, para mostrar que não é só o povo que trabalha à segunda-feira, decidiu fazê-lo com inusitada vitalidade, como afirmando a velha máxima cristã do benefício do trabalho para alcançar a virtude, despachando uns "franguitos" de capoeira que tinham descido à capital disfarçados de galos de Barcelos.
Mas isto da revolta dos ricos não é só um fenómeno interno, vide o Real, comandados por um playboy extraterrestre nascido e criado na República das bananas ou numa afirmação aterradora de novo-riquismo os azuis de Manchester, tatuando um 6 no rabo flácido de um velho aristocrata inglês. Ui, como deve ter sangrado aquele traseiro vaidoso - aquilo é coisa para deixar uma cicatriz do tamanho das orelhas do Baby Face Rooney.
Resta portanto perceber se a natureza desta revolta serão sinais de vitalidade dos ricos ou da fraqueza dos pobres. Um pouco dos dois digo eu para não arriscar o fatalismo ou deslumbramento, já que, tal como na afronta da Sociedade real, um pobre já não remediado faz o rico parecer mais rico como uma velha e gasta farsa de aparências.
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